Em algum momento da sua vida, você já deve ter escutado o ditado que diz que "Deus ajuda quem cedo madruga". Se nunca o levou a sério, saiba que há pelo menos um pouco de verdade na afirmação: aqueles que acordam mais cedo realmente observam benefícios em suas vidas decorrentes do hábito. Acordar mais cedo pode aumentar sua produtividade e ajudar a criar uma rotina mais saudável, por exemplo. Abaixo, você confere uma lista de vantagens do hábito:
1. Você tem tempo para exercícios Admita: você diz que não tem tempo para se exercitar mas aperta o botão "soneca" diversas vezes pela manhã. Livre-se da prática do sono interrompido a cada 10 minutos e acorde mais cedo para praticar algum exercício. Não precisa ser nada que vá complicar a sua vida, como ir para a academia e ter que gastar com mensalidades. Descubra qual tipo de exercício dá certo pra você e melhor se encaixa na sua vida. Sua qualidade de vida com certeza vai melhorar, não há como desmentir a ciência nisso. 2. Você ganha mais foco É bem simples: as manhãs geralmente tem menos distrações e mais silêncio, o que significa mais foco. Acorde enquanto o mundo ainda está dormindo e depois de alguns dias você terá mais clareza nas atividades que desempenha pela manhã. 3. Você se torna mais saudável Imagine como seria sua vida se você tivesse tempo para preparar e tomar um café da manhã de verdade. Uma refeição adequada, com frutas e sucos, sem a pressa para sair correndo de casa com apenas um café na mão. Acordar mais cedo dá essa oportunidade. E ter tempo para fazer refeições torna a vida muito mais saudável. Um estudo da Universidade de Norhtwestern constatou que pessoas com hábitos mais noturnos tem uma alimentação pior do que as que acordam mais cedo: consomem 250 calorias a mais, o dobro de fast food, e a metade de frutas e legumes. 4. Você ganha tempo para se preparar Crie o hábito de começar cada dia com uma lista de coisas a serem feitas. Não importa se você faz a lista assim que acorda ou na noite anterior, contanto que ela seja curta e possível de ser cumprida. Você escolhe se começa o dia com as tarefas mais difíceis ou as mais fáceis, a realização no final do dia ao ver tudo que você conseguiu fazer é a mesma. 5. Sua criativade aumenta Sua mente está mais descansada e pronta para criar assim que você acorda, o que faz o processo de criação ser mais fácil pela manha. E começar a manhã já criativo estabelece um padrão para o resto do seu dia. 6. O seu sono melhora Pode demorar algumas semanas, mas acordar mais cedo vai melhorar seu sono. Não precisa diminuir drasticamente suas horas de sono, só reorganizar seu horário. E seus dias não se tornarão mais longos, apenas mais produtivos. 7. Você escapa do trânsito Você pode diminuir o tempo que gasta no trânsito apenas criando o hábito de sair mais cedo. Ao evitar a hora do rush, é possível diminuir o tempo gasto no trânsito pela metade, e no final da semana essas horas podem servir pra muita coisa. Você não precisa chegar ao trabalho mais cedo: esse tempo pode ser gasto em algum café ou até mesmo no carro, com alguma atividade. Mas se você quiser ir trabalhar mais cedo, pode evitar os congestionamentos também na hora da saída. 8. Você ganha tempo para si mesmo Além de satisfação, realizar todas as tarefas planejadas para o dia também traz noites livres de culpas. Sem pesos na consciência, você pode fazer o que quiser com o resto do seu tempo. É a hora para hobbies e outras atividades prazerosas. 9. Você adquire novas perspectivas Isso pode ser um pouco diferente para cada um, mas vale a pena mencionar. Existe uma certa energia pela manhã que ajuda você a ver as coisas de um jeito diferente. É difícil de explicar, mas quem já viu o sol nascer em um lugar sem ninguém por perto, mas que geralmente é lotado, pode entender. 10. Você se alinha a mentes brilhantes Há uma característica comum a pessoas bem sucedidas, quando se trata de seus hábitos: quase todas iniciam seu dia, já a todo vapor, bem cedo pela manhã. Um estudo da Universidade do Texas concluiu que universitários que se afirmavam "madrugadores" tinham médias muito mais altas que as dos alunos de hábitos mais noturnos. Não pode ser só coincidência. Com informações do Lifehack. Fonte: http://www.administradores.com.br Se você está precisando se matar para produzir resultado, então algo está errado O trabalho exige muito de nós. É preciso cumprir horários, prazos, metas, seguir procedimentos, normas e sistemas; é com ele que gastamos a maior parte do nosso precioso tempo. Mas o trabalho também é fonte de satisfação, seja financeira, profissional, social ou pessoal.
Para avaliar nosso momento profissional, talvez, poderíamos pensar sobre o que realmente estamos dando em nosso trabalho: sangue, suor ou lágrimas? Qual o efeito colateral produzido ao longo de nossa jornada? Talvez esse possa ser um bom indicador para a qualidade da nossa atividade laboral. “Dar o sangue” e “dar o suor” são termos frequentemente usados no nosso dia a dia e que remetem a uma ideia de grande esforço, de dedicação. A diferença entre os dois é que "dar o sangue" significa entregar a vida. Significa – quase - morrer de tanto trabalhar. Já “dar o suor” significa trabalhar duro, pesado, chegando ao esgotamento das energias, mas não a ponto de morrer. Lembro-me de uma funcionária que na sua primeira semana de trabalho doou sangue para nosso presidente que estava internado tratando de um câncer e precisando de doações. Não perdi o ensejo e falei “essa chegou dando o sangue pela empresa!”. Infelizmente, foi só daquela vez. Depois, ela nunca mais doou seu sangue nem para a empresa nem para outros necessitados. E suar que é bom, nada. Dar o suor é importante, é necessário para a empresa e para a própria carreira. Na Bíblia, está escrito que obteremos o pão com o suor do nosso rosto. É inegável que, normalmente, quanto maior o esforço, maior a recompensa: “no pain no gain”. Hoje, dar o sangue pela empresa – gesto que um dia já foi meritório – soa nada romântico. Se você está precisando se matar para produzir resultado, então algo está errado! O sangue só pode ser concedido para outra vida – doe seu sangue para seus filhos, seus pais ou mesmo para um desconhecido através de um banco de sangue, mas, para a empresa, para negócios, para o capital – jamais! Opte mesmo pelo suor. Deixei as lágrimas para o final, pois sobre essas quase não se fala no mundo empresarial, apesar de muito, mas muito mesmo, presentes no dia a dia. Acontece que no mundo dos negócios não há espaço para a emoção – tremendo erro, pois gastamos muito tempo lidando com nossos sentimentos e mais tempo ainda nos protegendo dos outros. O custo por trás das lágrimas é muito alto, apesar de invisível. Choramos no trabalho por causa de injustiças, desconsideração, desrespeito, ofensas, ansiedade, medo, calúnias. Aliás, choramos não só no trabalho, mas em casa por causa dele. Enquanto o sangue ou o suor você doa e pronto, está doado, ou seja, acabou o esforço, terminou a tarefa, saiu do trabalho, não se sua nem se sangra mais – as lágrimas, essas podem continuar a escorrer por horas, dias e em qualquer lugar. Basta lembrar-se e pronto: principia-se o ressentir! Ter dias ruins, difíceis, tristes é parte do trabalho, mas se persistirem os sintomas, outro emprego deverá ser procurado. João Xavier João de Queiroz Xavier é especialista em Recursos Humanos e diretor geral da Ricardo Xavier Recursos Humanos. Fonte: http://olhardigital.uol.com.br Um "teste vocacional" criado pelo site Traz Café está bombando na internet. O questionário — que já tem 37 mil compartilhamentos no Facebook — ajuda as pessoas a descobrirem se elas estão seguindo a profissão certa.
"Você está aí, no escritório, trabalhando duro, quando um pensamento interrompe sua mente: Como é que eu vim parar aqui? Será que é isso que eu quero pra minha vida? É normal, amigos, isso já passou pela cabeça de todo mundo. Chegou a hora de saber a verdade", diz a introdução do questionário. O teste traz 15 perguntas bem variadas, entre elas: "Qual o seu maior objetivo?" e "Escolha uma série de TV". Ficou curioso? Faça o teste e descubra se você está na profissão certa! Clique aqui para fazer teste e descobrir se você está na profissão certaFonte: http://odia.ig.com.br Você deixa que seus filhos pequenos ou outras crianças tenham acesso a smartphones ou tablets? Pois saiba que isso pode acarretar uma série de problemas no desenvolvimento deles. Dois grandes institutos da América do Norte — Sociedade Canadense de Pediatria e Academia Americana de Pediatria — foram responsáveis por uma série de estudos bem profundos sobre isso.
A conclusão a que chegaram é bem interessante. Segundo os especialistas, há diversos problemas causados pelos eletrônicos em crianças de até 12 anos. Está curioso para saber quais são eles? Então fique atento neste artigo para saber exatamente em que aspectos a utilização de smartphones e tablets podem ser prejudiciais. 1. Problemas de desenvolvimento cerebral Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Até completar dois anos, uma criança tem seu órgão triplicado em tamanho. Nesse período, os estímulos do ambiente — ou a falta deles — são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral. Alguns estudos mostram que a superexposição a eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções. 2. Obesidade Você já deve ter ouvido alguma afirmação similar a: “As crianças do século 21 fazem parte da primeira geração de pessoas que não vai viver mais do que os próprios pais”. Um dos grandes motivos para isso é a obesidade, que pode sim estar ligada ao uso excessivo de eletrônicos. Estima-se que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras. 3. Problemas relacionados ao sono A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus diferentes. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar nos aparelhos. Além das consequências psicológicas causadas por isso, também é preciso lembrar que a falta de sono noturno pode gerar problemas de crescimento. 4. Problemas emocionais Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva de tecnologia a uma série de distúrbios emocionais. Entre os mais citados pelos pesquisadores estão: “Depressão infantil, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático”. Crianças tendem a repetir comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referências. Logo, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva pode causar problemas de agressividade também às crianças de até 12 anos. 5. Demência digital Psicólogos e pediatras dos institutos já mencionados afirmam: “Conteúdos multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção.”. Além disso, a exposição a isso também causa problemas de concentração e memória. O motivo para isso seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal, que acontece pelo mesmo motivo recém-mencionado. 6. Emissão de radiação A discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral ainda é bem polêmica — e pouco conclusiva. Mas há algo em que os cientistas concordam: as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que adultos. Por causa disso, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação dos celulares deveria ser considerada como “provavelmente cancerígena” para crianças. .....Independente do quanto os médicos norte-americanos culpam os celulares e tablets por uma série de problemas infantis, é importante sempre ficar atento aos usos de cada aparelho. Manter os eletrônicos aliados à educação das crianças pode ser uma saída muito interessante, mas sempre evitando os excessos e a superexposição a conteúdos agressivos. Fonte: http://www.tecmundo.com.br/ Vai ter Copa... Porque há 7 anos o governo, governos e a maioria da população quiseram a Copa.
Vai ter Copa porque todo o "negócio futebol" no mundo, estima-se, beira o US$ meio trilhão. E a Fifa é a banca nesse negócio. Como é o COI no negócio Olimpíada. O esporte é grande motor e indutor do capital internacionalizado. No oficial e no paralelo, nos paraísos fiscais. Também por isso a comunista China torrou US$ 42 bilhões numa Olimpíada. E Londres gastou R$ 30 bilhões. Agora, a Inglaterra quer tirar do Catar a Copa de 2022. Os Estados Unidos correm por fora. A Copa é um grande negócio...Para alguns. Quem paga uns R$ 200 milhões por direitos de transmissão pode faturar dez vezes mais. Copa, Olimpíada, são grandes negócios para empreiteiras. No mundo todo. Por isso os 12 estádios novos. Vai ter Copa porque empreiteiras, entre outros, financiam campanhas eleitorais por todo o Brasil. Para candidatos de todos, TODOS os grandes partidos. Protestar é direito, dever do cidadão. Como é dever do Estado impedir que protestos agridam a lei, e o direito coletivo. Vai ter Copa, e não é demais lembrar: os Estados Unidos se tornaram Império ao impor seu poderio econômico-militar. Mas também ao conquistar corações e mentes. Conquistaram com Hollywood, com Jesse Owens vencendo Hitler, com o beisebol, o jazz, o rock, pop, o basquete... O Brasil, sem pretensões de ser império, se espalhou pelo imaginário do mundo a partir de 1958. Desde Pelé, Garrincha & cia.. até Neymar. Gostem ou detestem, Brasil & futebol são indissociáveis aos olhos do mundo. E isso tem, saibamos, enorme valor. Com muito ou pouco protesto, vai ter Copa. Daqui a horas, 3,5 bilhões de pessoas estarão de olhos, corações e mentes voltados para o Brasil. O Brasil com seus enormes, seculares desafios e desigualdades. O Brasil com suas gigantescas e admiráveis qualidades Bob Fernandes Fonte: https://www.youtube.com Estabelecer programas de Recompensas e Punições para educar os filhos pode funcionar como uma verdadeira bomba-relógio em casa. Veja alguns problemas que estas soluções de curto prazo podem trazer no longo prazo ![]() Acompanhei surpreso o compartilhamento, via Facebook, de uma ferramenta que prometia a solução para todos os problemas na educação dos filhos. Trata-se de uma tabela com regras para o recebimento da mesada pelos filhos, na qual os diversos pecados diários das crianças eram listados e, cada vez que um deles era cometido, uma determinada quantia era descontada do valor a ser recebido. Alguns pais mostravam-se maravilhados com a inovação pedagógica e vislumbravam ali a resposta para todas as suas aflições. O que poucos - ou nenhum - notavam era que o imediatismo desta solução funciona como uma bomba-relógio, capaz de criar problemas muito mais sérios e duradouros do que as birras cotidianas. Senão vejamos: Em 2000, Uri Gneezy e Aldo Rutischini fizeram um interessante estudo em uma creche em Israel: preocupados com a quantidade de pais que atrasavam na hora de buscar seus filhos, os diretores da instituição resolveram estabelecer uma multa para quem chegasse depois do prazo. O (inesperado?) resultado foi um grosseiro tiro pela culatra: os atrasos começaram a aumentar e, em pouco tempo, chegaram a um nível que levaram o diretor a suspender a multa. A explicação dos pesquisadores era quequando você estabelece uma multa para um comportamento que antes era inaceitável passa a, de certa forma, admitir o tal comportamento. Você simplesmente pôs um valor naquilo que antes não tolerava. Imagine, por exemplo, que seu filho ganhe R$ 100,00 de presente de aniversário da vovó. Aí ele vira-se para você e diz: "Aqui estão R$ 100,00. Vou ficar 100 dias sem ir à aula." Como você vai reagir? Ou, ainda, que João não queira fazer seu dever de casa e pague R$ 3,00 para Maria fazê-lo em seu lugar? Estas são apenas algumas formas que as crianças arrumariam para burlar o seu esquema de incentivos mas, certamente, eles serão criativos o suficiente para bolar muitas mais! Porque a única coisa que algo assim ensina é a evitar as punições - e não cumprir as obrigações. Um segundo problema diz respeito à inevitável comparação que esta monetização cria, isto é: (não) ir ao balé/futebol tem a mesma importância que faltar ao curso de Inglês? E esquecer o dever de casa é tão mais grave do que não ir à escola? Um terceiro aspecto importante é que você está ensinando às crianças, desde cedo, que elas só devem fazer algo se receberem uma recompensa por isso. Nas palavras de Dan Ariely, você está transformando sua casa em uma empresa: "Eu tento mostrar o lado positivo das coisas que fazem em família, sem a necessidade de dar dinheiro para isso. Tento não dar dinheiro para lavar a louça ou levar o lixo para fora, senão vira uma simples troca financeira e sua casa se transforma numa empresa." Imagine, por exemplo, se as crianças resolverem valer-se do mesmo artifício, estipulando multas para as faltas dos pais. Assim: - Não contar estória antes de dormir: R$ 1,00; - Não assistir a apresentação de balé/campeonato de futebol: R$ 3,00; - Não levar ao parque no domingo: R$ 1,00; - Não ajudar no dever de casa: R$ 0,50. Como você sairia dessa enrascada? Sem dúvida que educar filhos é uma tarefa das mais difíceis - e digo isso mesmo sem tê-los. Como disse no início, entretanto, estes atalhos funcionam no curto prazo mas, geralmente, costumam trazer efeitos colaterais muito graves no longo prazo. Especialmente quando tratamos de questões relacionadas à Motivação, que certamente desempenharão um papel crítico na vida destes adultos. Obediência e respeito aos pais, responsabilidade e motivação devem ser traços do caráter e da personalidade das pessoas. E não simples mercadorias. Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/pedagogia-contabil/73537/ “A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil“, deveras sentenciou Joaquim Nabuco. Mas na versão global, ironicamente “inteligente”, ele diz: “O Brasil já é um país mestiço! E não vamos tolerar preconceito!”. ![]() Por Douglas Belchior Nas últimas semanas escrevi dois textos sobre a relação entre meios de comunicação, publicidade e humor e a prática de racismo, o primeiro provocado por uma peça publicitária de divulgação do vestibular da PUC-PR e o segundo por conta de um programa de humor que ridicularizava as religiões de matriz africana. Hoje, graças a Rede Globo de televisão, retorno ao tema. Neste domingo 3 de novembro o programa Fantástico, em seu quadro humorístico “O Baú do Baú do Fantástico”, exibiu um episódio cujo tema é muito caro para a história da população negra no Brasil. Passado mais da metade do programa, eis que de repente surge a simpática Renata Vasconcellos. Sorriso estonteante ainda embriagado pela repentina promoção: “Vamos voltar no tempo agora, mas voltar muito: 13 de maio de 1888, no dia em que a Princesa Isabel aboliu a escravidão. Adivinha quem tava lá? Ele, o repórter da história, Bruno Mazzeo!” ASSISTA AQUI O VIDEO SOBRE A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO, EXIBIDA PELO FANTÁSTICO O quadro, assinado por Bruno Mazzeo, Elisa Palatnik e Rosana Ferrão, faz uma sátira do momento histórico da abolição da escravidão no Brasil. Na “brincadeira” o repórter entrevista Joaquim Nabuco, importante abolicionista, apresentado como líder do movimento “NMS – Negros, mulatos e simpatizantes”! Princesa Isabel também entrevistada, diz que os ex-escravos serão amparados pelo governo com programas como o “Bolsa Família Afrodescendente”, o “Bolsa Escola – o Senzalão da Educação” e com Palhoças Populares do programa “Minha Palhoça, minha vida”! “Mas por enquanto a hora é de comemorar! Por isso eles (os ex-escravos) fazem festa e prometem dançar e cantar a noite inteira…” registra o repórter, quando o microfone é tomado por um homem negro que, festejando, passa a gritar: “É carnaval! É carnaval!” O contexto Não acredito que qualquer conteúdo seja veiculado por um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo apenas por um acaso ou sem alguma intencionalidade para além da nobre missão de “informar” os milhões de telespectadores, ora com seus corpos e cérebros entregues aos prazeres educativos da TV brasileira em suas últimas horas de descanso antes da segunda feira – “dia de branco”. E me perguntei: Por que – cargas d’água, a Rede Globo exibiria um conteúdo tão politicamente questionável? O que teria a ganhar com isso? Sequer estamos em maio! Que “gancho” ou motivação conjuntural haveria para justificar esse conteúdo? Bom, estamos em novembro. Este é o mês reconhecido oficialmente como de celebração da Consciência Negra. É o mês em que a população a f r o d e s c e n d e n t e rememora, no dia 20, Zumbi dos Palmares, líder do mais famoso quilombo e personagem que figura no Livro de Aço como um dos Heróis Nacionais, no Panteão da Pátria. Relevante não? Estamos também na véspera da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que começa nesta terça, dia 5 e segue até dia 7 de Novembro, em Brasília, momento ímpar de reflexão e debates sobre os rumos das ações governamentais relacionadas a busca de uma igualdade entre brancos e negros que jamais existiu no Brasil. Isso somado à conjuntura de denúncia de violência e assassinatos que tem como principais vítimas os jovens negros, essa Conferência se torna ainda mais importante. Voltando ao Fantástico, evidente que há quem leia as cenas apenas como um mero quadro humorístico e como exagero de “nossa” parte. Mas daí surge novas perguntas: Um regime de escravidão que durou 388 anos; Que custou o sequestro e o assassinato de aproximadamente 7 milhões de seres humanos africanos e outros tantos milhões de seus descendentes; e que fora amplamente denunciado como um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, deve/pode ser motivo de piadas? Quantas cenas de “humor inteligente” relacionado ao holocausto; Ou às vítimas de Hiroshima e Nagasaki; Ou às vítimas do Word Trade Center ou – para ficar no Brasil – às vítimas do incêndio na Boate Kiss, assistiremos em nossas noites de domingo? Ah, mas ex-escravizados festejando em carnaval a “liberdade” concebida pela áurea princesa boazinha, isso pode! E ainda com status de humor crítico e inteligente. Minha professora Conceição Oliveira diria: “Racismo meu filho. Racismo!”. A democratização dos meios de comunicação como forma de combate ao racismo Uma das tarefas fundamentais dos meios de comunicação dirigidos pelas oligarquias e elites brasileiras tem sido a propagação direta e indireta – muitas vezes subliminar, do racismo. É preciso perceber o que está por trás da permanente degradação da imagem da população negra nesses espaços. Há um pensamento racista que é, ao mesmo tempo, reformulado, naturalizado e divulgado para a coletividade. A arte em forma de publicidade, teledramaturgia, cinema e programas humorísticos são poderosos instrumentos de formação da mentalidade. O que vemos no Brasil, infelizmente, é esse poder a serviço do fomento a valores racistas e preconceituosos que, por sua vez, gera muita violência. A democratização dos meios de comunicação é fundamental para combater essa realidade. No mais, deixo duas perguntas ao governo federal e ao congresso nacional, dos quais devemos cobrar: O uso de concessão pública para fins de depreciação, desvalorização da população negra e da prática do racismo, machismo, sexismo, homofobia e todos os tipos de discriminação e violência não são suficientes para colocar em risco a concessão destes veículos? Por que Venezuela, Bolívia e Argentina, vizinhos latino-americanos, avançam no sentido de diminuir a concentração de poder de certos grupos de comunicação e no Brasil os privilégios para este setor só aumentam? Tantas perguntas… Fonte: negrobelchior.cartacapital.com.br ![]() Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados e todo(a)s o(a)s que assistem a esta sessão ou nela trabalham: “Vocês fizeram a República que não serviu para nada. Aqui agora, como antes, continuam mandando os Caiado”. A frase é do Capitão Felicíssimo do Espírito Santo Cardoso, bisavô do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, em telegrama enviado de Goiás ao filho, Joaquim Inácio, que ajudara a proclamar a República em 1889. República de 124 anos. Jovem no tempo histórico, mas já com cicatrizes do tempo social, econômico e político. As expectativas que aquele 15 de novembro de 1889 criou foram cumpridas? Ainda não. E a verdade é que não foram muitas. O jornalista e Ministro do governo provisório Aristides Lobo escreveu, à época, que “o povo assistiu bestializado à proclamação da República”. A mudança do regime político não foi diretamente provocada por qualquer movimento popular expressivo. Foi obra de uma quartelada, à qual a população reagiu, em geral, com indiferença. Não podemos, porém, desprezar as grandes lutas do povo brasileiro naquela época. Foi com muita resistência e sangue que se conquistou a abolição da escravatura. A Revolta do Vintém, no Rio de Janeiro, em 1879-80, forte mobilização popular contra a cobrança de vinte réis nas passagens dos bondes, foi uma das outras mostras de que se desenvolvia, nestas nossas terras tropicais, consciência de direitos e exercício de rebeldia para garanti-los e conquistá-los. O historiador José Murilo de Carvalho comenta que a cidade do Rio de Janeiro, à época da Proclamação da República, era efervescente. Sua gente animava diversas esferas, “como a religião, a assistência mútua e as grandes festas em que a população parecia reconhecer-se como comunidade” (do livro “Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”). Diante de tanto entusiasmo participativo, como explicar a apatia com relação ao regime político? O povo sabiamente percebia que as instituições do Estado não eram feitas para as maiorias: sua estrutura consistia na importação mecânica de modelos liberais estrangeiros, de modo alheio à cultura local, e por uma elite preocupada em garantir seus próprios interesses. Além disso, havia a percepção de que “o real se escondia sob o formal”, nas palavras de Carvalho. O acordo tácito era de que a Constituição e as leis não eram para valer. Sendo assim, pouco importava se o Brasil era nominalmente uma monarquia ou uma república, que só poderia existir no papel: seguiriam mandando ‘os Caiado’. Ou seja: a velha oligarquia latifundiária, à base de exploração brutal do trabalho, racismo institucionalizado, opressão patriarcal e perseguição violenta contra povos indígenas. Naquele 15 de novembro de 1889, a República foi instaurada no Brasil de modo apenas nominal. Que a memória desta data e a recuperação do simbolismo de sua semântica sirvam para relembrarmos a importância de torná-la uma realidade concreta, nos planos político e social. Para isso, é necessário garantir direitos de forma igualitária e livre, e valorizar o bem comum, construído mediante ampla participação popular. Não é aceitável, passados 124 anos, que o Brasil seja a 7ª economia do mundo e, paradoxalmente, a 3ª pior distribuição de renda e o 85º em Índice de Desenvolvimento Humano. Sr. Presidente: enquanto as instituições permanecerem encasteladas em si mesmas e a serviço das velhas e novas oligarquias latifundiárias e financistas, não haverá República real no Brasil. É necessário que ouçamos o grito cidadão dado pelo povo brasileiro em junho, bem como os brados republicanos que emergem de suas lutas históricas. Agradeço a atenção, Sala das Sessões, 14 de novembro de 2013. Chico Alencar - http://www.chicoalencar.com.br/_portal/cidadao.php |